No duelo dos tricolores, empate ficou de bom tamanho

Em situações bem diferentes no campeonato, São Paulo e Fluminense fizeram um duelo bastante equilibrado no Maracanã. Enquanto o tricolor carioca, começava o jogo das 18h30 como primeiro colocado do campeonato, podendo manter a diferença de 5 pontos para o vice-líder Corinthians, o paulista só pensava em espantar de vez a má fase, que começou com a eliminação da Libertadores. A partida tinha todos os ingredientes para ser um jogaço: casa cheia, grandes jogadores e muita motivação dos dois lados. O resultado não poderia ser diferente: muita emoção, belas jogadas, defesas incríveis, pênalti perdido e até gol de goleiro em um jogaço que terminou em empate, 2 a 2.
O primeiro tempo começou quente. A fase maravilhosa da equipe do Fluminense combinada com o apoio da torcida nos minutos iniciais levou o time à frente. Logo aos 8 minutos, o argentino Dario Conca recebeu bola no lado esquerdo do ataque tricolor, parou em frente ao seu marcador e encontrou Julio Cesar na linha de fundo. O lateral cruzou rasteiro para Deco completar para o fundo do barbante e anotar seu primeiro gol em três partidas pelo tricolor carioca. O São Paulo não se abateu e tratou de partir para o ataque. Os espaços deixados na defesa pela equipe carioca, principalmente devido à má atuação de Belleti, que substituía Emerson, suspenso, facilitaram o trabalho dos paulistas, que quase chegaram ao empate em jogada muito parecida com a do primeiro gol do tricolor das Laranjeiras, finalizada por Richarlyson. No entanto, após diversas chances perdidas, o São Paulo precisou de dois minutos para mudar o destino da partida. Aos 34, após uma das muitas faltas cometidas próximas à área do Fluminense, Rogério Ceni, que viria a ser o nome da partida, bateu falta no mesmo canto de Fernando Henrique. A bola quicou na frente do goleiro e entrou caprichosamente no canto direito do gol. Somente um minuto depois, após cruzamento de Richarlyson, Fernandão completou de cabeça, livre de marcação, para o gol vazio, abandonado pelo afobado arqueiro do tricolor carioca. Com a virada relâmpago, o Fluminense ficou apático e não incomodou mais a defesa adversária até o fim da primeira etapa.
O apito do árbitro Leandro Vuaden anunciando o início do primeiro tempo foi interpretado pela equipe do Fluminense como uma permissão para abafar o adversário. Logo aos 23 segundos, Rodriguinho, que havia entrado no intervalo no lugar do inexpressivo Belletti, invadiu a área e soltou um foguete de esquerda, bem defendido por Rogério Ceni. O baixinho Conca ainda viria dar um outro susto no goleiro paulista, ao dar uma de atacante e completar, de cabeça, um cruzamento Júlio Cesar. A bola passou raspando a trave direita do gol são-paulino. O domínio era dos cariocas e o empate era questão de tempo. Aos 14, com selo de qualidade Muricy Ramalho, ele veio: cobrança de falta de Conca para a área, Leandro Euzébio meteu a cabeça na bola como manda o figurino e levou a torcida à loucura: 2 a 2. Com o empate, o Fluminense veio para cima, buscando a virada. Dez minutos depois, Deco, na área adversária, tentou passar por Richarlyson. A bola bateu no braço do volante e o juiz apitou: pênalti para o tricolor das Laranjeiras. Washington, sumido até então, enfiou a bola debaixo do braço e decidiu que ia bater. Na hora da cobrança, melhor para o antigo companheiro de time do camisa 9 tricolor: Rogério Ceni saltou no canto certo e evitou a virada do Fluminense. Após jogar as chances de vitória nas mãos do goleiro adversário, o Fluminense não teve mais fôlego para atacar o satisfeito São Paulo.
Após o apito final, a torcida carioca foi para casa esperando mais da equipe. Resta esperar a partida de quarta-feira, última da equipe no Maracanã, contra o Palmeiras, às 22 horas. Com esse resultado, o Fluminense se manteve na liderança, porém a diferença para o vice-líder Corinthians diminuiu para 3 pontos. Já o São Paulo está à beira da zona de rebaixamento, na 15ª colocação, e pega o Atlético-GO na quinta-feira, às 21 horas.
Rafael Soares
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Flu | O Time de Guerreiros e a Onda Gigante

Tricolores do planeta bola, eu confesso: já estou com saudades. Ontem, fui à última partida do Fluminense no Maior do Mundo antes de seu fechamento, visando à reforma para a Copa do Mundo de 2014. Saí do Maraca com uma sensação esquisita, meio mais ou menos. Mais porque o maior Tricolor do Brasil continua firme e forte sua caminhada ao Tri Brasileiro, com mais uma bela vitória, selando a união entre time e torcida. Menos porque, por no mínimo três anos, não teremos mais Maraca.

Foi isso mesmo que eu disse, no mínimo. Digo isso porque antes tem 2012. E não esqueçamos, Nibiru vem aí e o bicho vai pegar (se você, caro leitor, não sabe o que é Nibiru e gosta muito de sua pacata vida, não aconselho uma busca no Google. Se você é um retardado tipo eu, já deve ter ido procurar há muito tempo). Fiquei pensando nisso por algum tempo e cheguei a uma brilhante conclusão: essa obra vai ser um colossal desperdício. O governo vai gastar rios de dinheiro com a obra, não vou poder comemorar o Tri Brasileiro do Flu no Maraca, vou ficar sem as minhas agradáveis e necessárias tardes de domingo nas arquibancadas para, no fim, vir uma onda gigante e engolir tudo. Puta erro de cálculo das autoridades! Deviam, pelo menos, me deixar ver um último título do Flu no Maraca. Depois, podem botar tudo abaixo mesmo.

No entanto, esse fechamento do Maraca me deixou encucado. Estou achando seriamente que as autoridades já estão esperando Nibiru e toda essa história de reforma do Maior do Mundo não passa de um maquiavélico plano para construir ali um submarino gigante para abrigar os únicos, privilegiados e sortudos sobreviventes da espécie humana. Tipo uma arca de Noé. O único ponto que não consigo entender é como ninguém consegue perceber isso! E ainda tem gente que acredita no papinho de Copa do Mundo e Olimpíada no Brasil...
Bom, agora é hora de voltar ao Melhor do Brasil, afinal antes do fim do Mundo, o Fluzão ainda levantará algumas taças. E estamos no caminho certo. Em uma semana já demos mais dois sacodes e contabilizamos mais 6 pontinhos. Contra o Galo, no Mineirão, tudo tranqüilo: 3 a 1, nenhuma surpresa. Afinal, ganhar no Mineirão já virou rotina. Bem que poderíamos jogar lá com o Maraca fechado.

Ontem, no Maraca, contra o Vitória, teve de tudo. Pó de arroz, festa da torcida, Fernando Henrique no gol e gol nos últimos minutos, como é de praxe para a torcida tricolor, já acostumada a fortes emoções. E tudo terminou bem, 2 a 1, com direito a retorno do “Time de Guerreiros” e agradecimentos a torcida no fim. Bela despedida. O destaque das duas partidas vai para o jovem Alanzinho, que não é jóia de Xerém, mas foi descoberto no frio paranaense por nossos auspiciosos e atentos olheiros. O garoto entrou faltando 20 minutos nos dois jogos e acabou com ambos. No primeiro, mal entrou, a bola apareceu na sua frente pedindo para ser chutada, o garoto foi lá, cutucou e ainda contou com a ajuda do bravo arqueiro mineiro para botar a bola pra dentro. Uma pintura. No fim do jogo, ainda presenteou Frederico com uma tabelinha que entortou os pescoços da zaga do Galo, deixando nosso intrépido goleador do cabelo enroladinho na cara do gol. Ontem, entrou novamente no lugar de Rodriguinho quando o jogo parecia decidido. Mas o Muricy queria mais emoção. Deixou os caras empatarem o jogo, só para o Alanzinho poder resolver no fim de novo. E de canela. O gostinho de título ficou no ar.

Sábado, contra o Avaí, o último desafio antes da Copa. Mais três pontinhos seriam ótimos para podermos assistir ao timeco do Dunga mais felizes e tranqüilos. A partir do dia 11, vou começar a ter motivos para reclamar de novo. Aguardem!

Saudações Tricolores,

Rafael Soares

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Fla | O Dia da Purpurina Tricolor

É! Galera do Mengão. Por essa nós não esperávamos, mas agora que o jogo já encontrou seu fim, devemos admitir que o Florminense foi realmente superior e mereceu claramente a vitória. Mas enquanto, meu amigo Rafael Soares, brada aos quatro cantos que seu time é o melhor e que o dedo de Muricy já causa seus efeitos, eu diria que o dedo de Muricy está no lugar errado e que num elenco tão limitado quanto este de bonecas tricolores o título brasileiro trata-se apenas uma mera ilusão. Por falar em dedo, o treinador mascador de chicletes Muricy, está encabeçando uma campanha muito importante para os tricolores, mas isso já é outro assunto (veja mais sobre a campanha do final dessa postagem). Este sim, foi um clássico bem estruturado de data e horário escolhidos a olho nu e mente vazia. Numa quarta às 19h30, os doze torcedores que foram ao Maracanã viram um Flamengo sem padrão, nem volume de jogo. Assistindo ao bando de bibas purpurinadas correndo com a bola como há muito não se via. Foi gliter pra todo o lado, enquanto os dois torcedores tricolores cantavam e espalhavam lantejoulas pela arquibancada.

Nossos desfalques eram desanimadores, mas não ver Kleberson em campo me fez sorrir por alguns minutos. E apenas por alguns minutos. O meio de campo, escalado com seus três volantes, não criava nada além de chances para os homossexuais da equipe contrária. Rogério Lourenço não consegue encontrar o time ideal, entretanto, tenho pra mim que um time com três volantes não é a solução. Dunga, adepto dessa anti-tática, só segue na seleção graças aos batuques que vêm dos terreiros ou à política cega do ladrão de nome Ricardinho Teixeira. Esse time, escalado como tal, não tem chances de brigar pelo título e por isso devemos pensar em contratar. A verdade rubro-negra é que o êxodo de jogadores pode se tornar concreto e extenso a qualquer momento. O Imperador já seguiu seu rumo italiano e Vagner Love deve mesmo ter que voltar às terras russas. E enquanto isso, por aqui, as negociações são longas, cansativas e angustiantes. Riquelme, Montillo, Emerson, Rafael Sóbis, Thiago Humberto, Kleber, Correa... Até agora temos apenas especulações. Ninguém vestiu a camisa do Flamengo e beijou o escudo como de costume em qualquer apresentação ao time. Ninguém foi citado na imprensa como a salvação para as atuações apagadas. Petkovic é a única "contratação" do Flamengo. O experiente sérvio se diz muito feliz por sua renovação de contrato e afirma que pretende jogar pelo Flamengo até que a morte lhe traga novidades.

Hoje é dia de irmos ao Maracanã, gritar e torcer pela vitória do Mengão, para que a Gávea não vire um inferno e ponham a culpa na saída de Adriano que a essa altura já degusta um prato de macarrão rodeado por notas gordas e milionárias.

Dane-se o tabu quebrado pelo Florminense! Dane-se a queda na Libertadores! Dane-se a saída de Adriano! O Flamengo é maior que isso tudo. E hoje, com menos volantes em uma tarde inspiradíssima de Petkovic, o Flamengo vai atropelar o Grêmio, que por sua vez sentirá a pressão do mais querido time do mundo. Tenham todos um bom jogo. E até a próxima.

Anderson Ferreira


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Flu | Ganhar FLA X FLU é normal!

Tricolores dos recôncavos do universo, eu já sabia. E dizia para quem quisesse ouvir: esse time com o MuriTRI está ficando enjoado. Foi só deixar o homem trabalhar que ele já fez sua primeira vítima: o timeco ridículo do Flamengo, que ontem não deu nem para a saída. Resultado: 2 a 1, jogo fácil e festa da torcida mais bonita do Brasil.
Ontem, sobramos. Em todos os sentidos. No campo e nas arquibancadas. Fizemos o que se espera de uma torcida da nossa grandeza: não paramos de cantar o jogo inteiro. Já do outro lado das arquibas, nada se ouvia. O silêncio era mortal, cortante. Acho que a galera do Império do Mal estava fazendo uma mentalização conjunta. Ou quem sabe preparando os gogós pra Copa do Mundo. Se bem que, coitados, a meia dúzia que estava lá não podia fazer muita coisa mesmo, principalmente porque o que se via em campo era um baile.
O resultado não condiz com o que realmente foi a partida. Enquanto o bando rubro-negro não conseguia trocar dois passes, o Flu dominava. Jogava de forma inteligente, fechando os espaços, marcando forte, tocando bem a bola e ameaçando sempre a baliza adversária. Bem ao estilo MuriTRI. Parece que a cada partida, o padrão de jogo do time vai se tornando mais nítido. Contra o Corinthians, a equipe já tinha jogado bem, mas o amigão do apito não colaborou. Ontem, ele fez tudo direitinho e deixou que o melhor time vencesse em paz. Mas, voltando, acho que a equipe já achou seu estilo de jogar. E isso só foi possível graças ao puta técnico que é o MuriTRI. Deu sua cara ao time e mais, fez uma coisa que eu nunca tinha visto no Fluminense: fez os perebas jogarem bola.
Ontem, o possante Marquinhos e o insinuante Diogo fizeram jus aos adjetivos e jogaram muito. O primeiro foi sempre uma ameaça à zaga do menguinho (se é que se pode chamar aquilo de zaga), se movimentando pela lateral esquerda quase como um ala, dando velocidade ao time e bons passes, como o que ele deu para o Conquinha na pintura que foi o segundo gol. Já o segundo foi um leão. Cincão porrador que dá gosto de se ver, marcando forte e, acima de tudo, com classe, jogando de cabeça erguida. Que os dois continuem assim!
Outros destaques ficam por conta de Carlinhos, Fred e Conca. Finalmente, posso dizer, convicto, que o Flu tem lateral na canhota. Little Carlos correu muito e fez o que o cone Júlio César se negou a fazer desde o maldito dia em que chegou nas Laranjeiras: apareceu para o jogo. Deu a cara à tapa e foi uma das melhores opções de ataque do Flu, com arrancadas e cruzamentos. Já disse e repito: esse garoto tem futuro. O camisa 9 tricolor não marcou, mas foi fundamental. Líder nato, é importantíssimo para o grupo, arrastando consigo 10 marcadores adversários desesperados. Se quiser jogar e continuar no Flu por algum tempo, o Pai Rafael afirma: vira um dos maiores ídolos da história do clube. É só ele querer.
Agora, um parágrafo para ele. Vinha falando muito mal do anãozinho do meio-campo tricolor, o cérebro do time, o argentino Conca. Até porque tava dando raiva vê-lo ficar encerando o meio de campo e isolando todas as faltas. Mas ontem o baixinho comeu a bola e fez um golaço na segunda etapa. Dou o braço a torcer, o argentino tem que ficar no time e continuar assim, chamando a responsabilidade e regendo o ataque tricolor. Agora um aviso à galera do arco-íris: já podem começar a tremer. Com Deco e Conca, já era. Podem entregar a Taça, em dezembro tem festa no Laranjal.
Agora, quanto ao Império do Mal, o a palavra que resume bem o que sinto por eles é pena. Afinal, não existe mais time do Flamengo. Se com todos os mega-craques, esse timeco não ganhou nada esse ano, imagina sem eles. Com a debandada do cheirador e de todos os outros bandidos da Gávea, o menguinho não terá mais time. Coitados. Ah! Aqui vale uma saudação ao meu amigo Anderson Ferreira e um “meus pêsames” também. Espero que esteja se recuperando da sapatada sem traumas.
Bom, voltando ao que interessa, temos mais 3 jogos antes da Copa. São 9 pontos. Ano passado não fomos rebaixados por 1 ponto. Um ponto pode decidir o campeonato. Por isso, agora é concentração total e foco nesses pontos. Na próxima rodada, temos pedreira, Atlético Mineiro lá, mas dá pra levar, a equipe já tem um padrão e vem bem. Vamos acreditar e torcer. Na quarta que vem, último jogo do mais amado do Brasil no Maracanã, contra o Vitória, é festa. Vamos fazer o que fazemos de melhor para nos despedirmos do estádio que já nos deu tantas alegrias: torcer. Cantar o jogo todo e transformar o Maraca num caldeirão de pó-de-arroz. Esse é o espírito. Com time, torcida e técnico afinados, tudo vai acabar em festa. Não custa nada sonhar.

Saudações Tricolores,

Rafael Soares
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Bot | Um Baile com Direito a Apagão e Briga de Mocinhas

Salve comunidade alvinegra! Nem sei bem o que falar, tal a quantidade de coisas que rolaram no jogo de sábado à tarde, no engenhão. O Botafogo deu um bale no Goiás. Tudo começou com Lúcio Pantufas abrindo o placar, de falta. Golaço. Isso é estranho demais. Os jogadores do Goiás também acharam. Ficaram tão apavorados por tomar um gol de um cara que joga de pijamas, que tomaram outro gol em menos de um minuto. Dessa vez foi de Somália, que veio pela sombra e ninguem viu chegar. 2 a 0. Pra completar o goleiro dos caras foi expulso!
 O Jogo estava na mão. O Goiás, que jogava com uma seleta equipe de pernas de pau e, inclusive, com um Saci em campo, perdeu a vontade de jogar. Botafogo dominou o restante do primeiro tempo.
No segundo tempo, as coisas não mudaram muito e o Fogão ainda aumentou, com um gol de Herrera. Aí acabou a luz no engenhão. Maurício Assumpção resolveu não pagar a conta de luz, pra juntar dinheiro e comprar o Maicosuel. Deu no que deu. 20 minutos depois a luz voltou, e Herrera ficou puto da vida, porque o Caio não passou a bola, quando o argentino estava livre. O garoto não levou desaforo pra casa e chamou o hermano de "minha nêga" e a confusão estava armada. As duas mocinhas resolveram se empurrar dentro de campo e foram expulsas. Ainda bem. Joel estava louco para experimentar uma nova dupla de ataque: Edno e Alex. Nada melhor pra isso do que um jogo contra o Cruzeiro, no mineirão. Fácil fácil. pra completar o jogo, o Saci resolveu dar um coice no Pantufas, pra ver se este acordava, e foi mal interpretado pelo árbitro, ganhando um vermelhinho.
E o Baile do Engenhão terminou assim, 3 a 0 Fogão, com black out, briga de moças bezuntadas na manteiga e quatro expulsões. Que venha a raposa, porque com Edno e Alex ninguém segura esse Fogão!

Pedro Vargas

ditado da semana: em terra de Saci, time de futebol tem 11 pernas e acaba na lanterna do Campeonato
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Flu | A Longo Prazo!

Tricolores dos recantos mais obscuros do planeta, voltei. Após algum tempo afastado por conta de uma lesão causada por problemas universitários, aqui estou eu, pronto para ajudar a equipe e o professor e, se Deus quiser, vai dar tudo certo no segundo tempo. Bom, como os assuntos são muitos e eu quero dar pitaco em tudo, vamos aos pouquinhos, de notinha em notinha.

· Apesar da derrota, jogamos bem contra o Corinthians no Pacambu. No segundo tempo, eles não tocaram na bola, mas, como sempre, o soprador de apito colaborou e fomos garfados cirurgicamente e sem anestesia. Impedimentos mal dados e a complacência com o rodízio de faltas do timeco do Corinthians afundaram o maior do Brasil. Mas não tem problema. Vamos continuar acreditando. A boa é o pensamento a longo prazo.
· A arbitragem não foi o único problema do Flu no Pacaembu. Além dela, os possantes Marquinho e Diogo colaboraram para o revés sofrido pelo Tricolor. O primeiro deve ser o craque dos rachões porque não é possível: entra técnico e sai técnico, esse esterco continua torrando a paciência da torcida mais bonita do Brasil. O segundo é declaradamente limitado, mas acreditava nele como cincão porrador. Agora já estou começando a duvidar seriamente do meu olho clínico...
· O ponto alto da derrota foi a atuação de Carlinhos, o novo lateral esquerdo do Fluzão. Não é nenhuma Brastemp, mas pelo menos sabe cruzar! No primeiro tempo botou a bola na cabeça do Frederico, debaixo da baliza, porém nosso impávido goleador jogou o gol de empate pra fora. Não sei se estou mal acostumado, afinal há dois anos não vejo um lateral esquerdo cruzar uma bola no Fluminense, mas acho que o garoto é bola e barrará de vez o cone Júlio César.
· As torcidas adversárias já podem tremer. Estamos montando uma seleção para o pós-Copa. Cléber Santana e André Luís já darão um belo upgrade ao plantel, mas a cereja do sorvete ainda vem aí: Deco será o próximo ídolo do Fluzão. Essa contratação é cirúrgica e será importantíssima para a conquista do Tri Brasileiro. Deco é um armador de mão cheia, muito habilidoso e cascudo. Vem para resolver os problemas do nosso meio de campo e para dividir a responsabilidade de fazer o time jogar com o anãozinho Conca. Escreve aí: essa dupla ainda dará muito o que falar. Além disso, graças aos Céus, teremos um gajo capaz de bater faltas e escanteios, porque ultimamente, a situação está triste: nosso argentino anda isolando todas.
· Mudando de assunto, tenho o dever cívico de divulgar aqui a mais nova campanha, que está tomando dando o que falar entre a galera antenada: “Klebérson, doe a sua vaga”. Não é possível que o amigo aí não tenha percebido que é um peixe fora d’água na seleção do nosso querido e amável treineiro Dunga. Mal conseguindo segurar a vaga de titular no time de segunda categoria do Fla, ele faria um enorme favor à nação se doasse sua vaga para alguém mais capacitado. Hernanes e P. H. Ganso são meus palpites. Kléberson, pense bem e faça um país mais feliz!
· Não ia nem comentar, mas foi maior do que eu: que uniforme lindo esse novo do Flu! Até agora, sem sombra de dúvidas o mais bonito fabricado pela Adidas. Se não fosse o precinho salgado, já tinha corrido para reservar o meu...
· Quarta-feira é dia de afundar de vez essa enganação que atende pelo nome de Flamengo. Time fraco, sem sangue e cheio de marra. Muita estrelinha e pouco futebol, deu no que deu: tomaram na Liberta. E tomarão quarta-feira de novo. Pra cima deles, MuriTRI! 
· Por último, uma a pergunta para reflexão: existirá vida após a Unimed? Fica a questão.
É isso, quinta eu volto para comemorar mais uma vitória sobre o menguinho. Saudações Tricolores e uma ótima semana a todos!

Rafael Soares
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Fla | Um Amargo Quase

É! Galera do Mengão. As possíveis lágrimas derramadas quando soou pela última vez o apito do pseudo-árbitro brincalhão Roberto Silveira já fazem parte do passado. Sabe aquela história do leite derramado? Pois bem. O Flamengo perdeu a partida e a chance de seguir num campeonato continental jogando em casa há pouco mais de uma semana. Aquela partida sonolenta e dura de assistir assegurou a classificação da indigesta Universidad de Chile, equipe conhecida agora como pedra na chuteira. Para nós, rubro-negros, é difícil admitir como justa uma eliminação tão dramática e com picos de esperança, porém devemos entender que no futebol só é gol quando a bola passa sob aquelas barras brancas denominadas traves e, continuando a sessão coisas ridículas que todo mundo já sabe, ganha a partida quem consegue fazer a bola atravessar as traves do adversário mais vezes. Talvez nem todo mundo saiba. Vide alguns jogadores do Flamengo. De qualquer forma, uma eliminação é apenas uma eliminação. A vitória de uma equipe numa etapa de mata-mata sempre depende da eliminação de outra. Parabéns ao Universidad, a toda sua equipe de gandulas muito bem treinados para situações de vitória apertada e àquele cara com apito de péssimo posicionamento e que graças a isso doou um contra ataque ao clube chileno. Parabéns também à zaga do Flamengo, mais esburacada que a camada de ozônio. Parabéns ao goleiro Bruno Marrento Souza por se adiantar em momentos inoportunos e desesperadores. E finalmente, parabéns à diretoria rubro-negra que não pagou a conta de luz do time, fazendo-o sofrer um apagão em pleno Maracanã. Tristezas à parte: perdeu, playboy! A onda agora é brincar no Brasileiro.

Saindo da piscina de lágrimas, vamos ao ramo das negociações, onde o clima esquentou de vez essa semana. Muito se tem comentado a respeito das renovações de contrato e das contratações de novos brincalhões para compor o elenco de palhaços trajando vermelho e preto. Após deixar as bolas entrarem e tentar justificar com bordões mais cômicos que os do Zorra Total (o que não é muito difícil), Bruno se diz perseguido pela torcida e considera que já é chegada a hora de buscar novos ares, de experimentar novas sensações e, quem sabe, sair do armário. Também no setor de saídas do clube figuram jogadores como Adriano, que tem seu vencimento de contrato no próximo e muito próximo dia 30 e Vagner Love, que só deve ficar no clube até o final próximo mês. Mas de todas, a notícia que o torcedor esperava com a maior apreensão do mundo pode se tornar concreta. Trata-se da saída do zagueiro destrambelhado de nome Álvaro e finalmente, graças ao misericordioso Deus Salvador e Todo Poderoso, o adeus a Kléberson, o jogador mais sem sangue e pontaria do futebol mundial. A lista é grande e nela ainda constam as possíveis despedidas de Maldonado, Fierro e do idoso craque de técnica apurada Petkovic. O caso do sérvio envolve meios jurídicos e, por isso, é o mais complicado de todos. As saídas são abundantes, mas de entradas até agora... necas. Fala-se na volta de Emerson Sheik da Gávea e na contratação do meio de campo FILHO DE UMA PUTA, DESGRAÇADO, CORNO, ARROMBADO Walter Montillo, autor de tantos estragos na defesa rubro-negra. O estranho é ele ser oferecido pelo Universidad, sendo o principal jogador do clube. Isso não está me cheirando bem. Mas do jeito que está não pode continuar. Que venha, então, o argentino driblador e que o torcedor desse time tão grandioso possa vibrar com conquistas de um futuro próximo.

Ah! Nesse domingo, o Flamengo derrotou o Grêmio Prudente por 3 a 1, no Maracanã. Mas nessa situação uma vitória é apenas uma vitória. O Flamengo precisa mesmo é de uma seqüencia de bons resultados. É esperar pra ver. Na quarta-feira, o Mengão enfrenta o Fluminense, as 19h30, no Maracanã. Será o primeiro clássico entre cariocas desde a estréia do CarioQuatro. E depois do jogo, nós do vermelho e preto estaremos sorrindo, enquanto meu amigo Rafael Soares estará tentando descobrir onde é que seu time falhou.

Por hoje é só. Durante a semana eu devo pintar por aqui novamente pra comemorar minha vitória sobre o Fluzinho Pó de Arroz. Até mais ver.

Anderson Ferreira
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Bot | Bambi chora em pleno Morumbi

Salve, comunidade alvinegra! Pois é. Clima de festa em General Severiano. Ganhar do São Paulo, no Morumbi e de virada! Maior alegria, impossível!

Os bambis saíram ganhando a pelada aos oito minutos de jogo. A zaga alvinegra brincava de adoleta enquanto o São Paulo atacava e não deu outra. Gol de Léo Lima, de cabeça. Depois disso as coisas começaram a caminhar. A zaga acordou, o time se ajeitou, e a coisa andou. Botafogo jogou bem. Todos os torcedores alvinegros estavam temerosos com a volta do nosso querido Lúcio Pantufas aos gramados, mas ele resolveu mostrar serviço nesse domingo. O botafogo atacava mais. Muito mais. Por isso, aos 28, o merecido gol do empate aconteceu. Artilheiro do time, Antônio Carlos, mais uma vez mostrou ser bom da cabeça, no golaço que marcou. Bom ver Rogério Ceni caido no chão feito um monte de bosta. Sempre bom
Depois do empate, o Botafogo tentou, o São Paulo tentou, mas nada saiu. final do primeiro tempo: 1 a 1.

Na segunda etapa, o time paulista saltitava mais em campo, enquanto a gente só contraatacava, até Joel Santana mexer. Mexeu daqui, mexeu dali, tirou Sandro Silva e Lucio Flávio para a entrada de Edno e Renato Cajá, respectivamente. O time se movimentava melhor, atacando com mais força e agilidade. Mas Herrera batia feito moça na bola, perdendo muitas chances de criar um segundo gol. Mas Cajá resolveu a partida aos 42 minutos, ao tocar a bola para Herrera e, numa jogada meio esquisita, receber de volta e chutar pro gol. 2 a 1 Botafogo. De virada é mais gostoso!
Pra completar a alegria, somando esses 3 pontos ao pontinho ganho contra o peixe semana passada, ocupamos o 3º lugar na tabela. Tão desacostumado a isso, achei que a tabela estava de cabeça pra baixo. É claro que estamos na segunda rodada do campeonato, mas pelo menos começamos bem a brincadeira.




Pedro Vargas
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Vas | Até Quando?

Saudações vascaínas, galera da colina, mais uma vez , o Vasco demonstra que não tem casa como os outros times do rio e pelo Brasil. Hoje, contra o Verdão, em São Januário, o time foi com tudo no primeiro tempo, com inúmeras finalizações mas, pecou na pontaria e não saiu do zero. No segundo tempo, o Palmeiras tirou o atraso e correu atrás, aproveitando o cansaço aparente do time da colina, mas também foi incompetente e não levou muito perigo, não.
E assim a gente vai vendo muitos jogos na história recente do Vasco, em que o mando de campo nada representa em São Januário, como representa para times como o Grêmio, no Olimpico, Vitória, no Barradão e o Santos, na Vila Belmiro, entre outros problemas. Mas até quando isso vai durar?
Sinceramente, ainda não acredito em crise no Vasco, mesmo depois da eliminação na CB e duas rodadas fora de foco no Brasileirão, mas ainda assim, é óbvio que o elenco apresentado atualmente tá longe do ideal , beeem longe. Cesinha e Nunes, vindos do bom time do Santo André e Zé Roberto, vindo da Alemanha, foram apresentados na colina, mas será que com o hiatus da Copa e a não sequência de jogos, eles vão funcionar logo, logo? difícil não? Nunca se sabe, reforços são apresentados, mas Gaúcho ainda é questionado a cada resultado fora do esperado e balança mas não cai. E se cair, quem será o próximo a enfrentar as turbulências de ser técnico de um time de tradição e massa que tenta recuperar um décimo da sua gloria? A semana no Clube de Regatas Vasco da Gama começa cheia de fantasmas e dúvidas, e na cabeça dos cruzmaltinos tem muito mais. Garra, Vascão, vascaínos paciência, a gente tá junto. Abraços e até a próxima, rapazeada!
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Fla | Tá Amarrado!

É! Galera do Mengão. Já se passaram dois dias após o fiasco que foi aquela partidinha diante do Universidad de Chile, mas aquelas imagens não me fogem da lembrança. Ainda hoje, procura-se a zaga do Flamengo, procura-se a pontaria do Flamengo, procura-se o esquema tático do Flamengo. A recompensa para quem achar é alta: uma semifinal de Libertadores ou, posteriormente um título de âmbito continental, ou posteriormente um título de âmbito mundial. Procurem em todos os lugares, por favor, pelo amor de Deus. Costumo dizer que o termômetro do Flamengo é o Denis Marques. Quando um técnico olha pro banco e chama o Denis, a coisa ficou realmente preta. A mim parece mais favorável que o próprio Rogério Lourenço entre em campo. A mim parece mais benéfico que o time jogue com um a menos. Denis não é mais um daqueles folclóricos atacantes que surgem no Ninho do Urubu. Não é um Obina, um Negreiros, um Walter Minhoca, nem mesmo um tigre chamado Ramirez. Denis é pior e está para o futebol, tal como Bruna Surfistinha está para a literatura. Ou como o papai Joel está para o inglês.
 
Bruno e sua cara de bunda. Ao fundo, Ruy Cabeção assiste ao treino do Flamengo.

O jogo da última quarta é ávido de explicações. Em primeiro lugar, quem é esse tal de David que anda lá pelas bandas de sua grande área? O rapaz tem jogos e jogos: jogos ruins e jogos piores. São raras as partidas em que sua atuação atinge o brilho que um jogador do Flamengo, time de tamanha dimensão, deve cintilar. Tome, por exemplo, a partida diante do São Paulo no último domingo ou aquele histórico jogo contra o Grêmio num Maracanã lotado numa rodada final de um Campeonato Brasileiro. Partidas em que sua estrela brilhou como uma estrela. David tem lá sua técnica, sua raça, seu equilíbrio em desarme, porém são ridículas as ocasiões em que ele saira aclamado quando comparadas às ocasiões em que seu moral tenha sido abalado por um terremoto chamado paçoca. Naquela zaguinha do Flamengo, vende-se paçoca, doa-se paçoca. É paçoca pra tudo que é lado. É difícil encontrar algum jogador que ponha a bola no chão, levante a cabeça e saia jogando como pede o manual. Por outro lado, a quantidade de metidos a craque que fazem besteira naquele setor é insuperavelmente preocupante. Bruno é um franco exemplo disso. O goleiro, absolutamente marrento e falastrão, alterna defesas milagrosas com desastres monumentais. Pior que seus tropeços são suas pérolas vocais de complexo entendimento. "Quem nunca saiu na mão com uma mulher?" ou sua última e polêmica frase: "O problema é da torcida, estou pouco me lixando". Talvez ele tenha razão. O problema é do torcedor que acorda cedo pra trabalhar, enfrenta um trânsito caótico que por vezes faz avenidas inteiras parecerem grandes estacionamentos, se estressa, se irrita, mas que as sete da noite numa quarta feira cinza, lota o estádio pra empurrar o time à frente. Dessa vez Bruno usou das palavras certas. Segundo ele mesmo, "a torcida, as vezes, atrapalha o time". Vai entender. Bruno calado é um poeta. Qual será sua próxima frase?! Fica a expectativa.

Fica a expectativa também ao fenômeno da natureza que castigará Santiago na próxima quarta. Relembro que há mais de uma semana, avisava aqui mesmo, que antes da partida a população deveria ter cuidado ao sair às ruas, já que algum pé d'água, terremoto, furação ou algo do gênero passaria pelo Rio de Janeiro. Dito e feito. A chuva não foi tão imponente, mas teve lá sua força. A você que pretende viajar ao Chile, não esqueça de seu kit anti-terremoto, seu kit anti-tsunami. Aos cardíacos, um desfibrilador também é boa pedida. O jogo não promete ser nada fácil.
 
Toró pega no pesado para estar em forma no próximo carnaval.

Outro jogador que me decepcionou muito essa semana foi o jovem Rômulo. Qual é o problema dele? Lembra da história da paçoca? Ele vendeu umas três em cinco minutos. Se for pra escalar o Rômulo, põe o Toró. As habilidades ou falta delas são equivalentes, mas a bunda de Toró chama atenção e por vezes pode distrair o adversário. Sugiro que Rogério escale Toró nas próximas partidas. Se o crioulo entrar em campo com uma peruca feminina então... Ninguém passa. Com aquele pandeiro de passista, aquele rebolado atraente e de peruca, tem-se a Globeleza. Se não atrapalhar o adversário pela distração, o susto de ver uma nêga daquela fungando no cangote já causa impactos significativos.

Enfim. A macumba que fizeram pro Flamengo fez um efeito devastador e em todas as posições. Onde foi parar o faro de gol de Vagner Love? O que aconteceu com o Willians pra ele entregar um gol assim? Como o Juan deixou o Fernandez passar tão facilmente pelas suas costas, no terceiro gol? Por que a zaga do Flamengo não pula? Alguém avisa a essa galera que tirar a bola de cabeça também é permitido pelas regras do futebol. As mudanças têm que acontecer de uma forma ou de outra, mas agora a derrota, em casa, já está computada e não tem mais volta. Para o jogo de domingo contra o Vitória, no Barradão, pelo Campeonato Brasileiro, o Flamengo deve entrar em campo com Globele... Toró no lugar de Rômulo e Michael no lugar de Maldonado. Espero que o chileno mantenha sua cabeça no lugar e não associe sua barração ao fato de não ter sido convocado pelo hermano Bielsa para a Copa do Mundo. Aos torcedores, recomendo muita oração. Segurem seus terços, suas bíblias e comecem a rezar pela classificação do Flamengo na Taça Libertadores. Orar faz parte do espetáculo. E se Deus é brasileiro, Jesus é rubro-negro.

Anderson Ferreira
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Sobre a arte de ser chato

Adorei a convocação. Você não se enganou, caro leitor, é isso mesmo. Adorei. Afinal ela me deu a oportunidade de fazer o que todos os chatos do mundo gostam de fazer: reclamar. E como eu me adéquo perfeitamente a esse tão injustiçado perfil, exercerei um direito que, ao longo dos anos venho lapidando com muito carinho: a arte da reclamação.
Não há nada melhor do que reclamar. Principalmente quando se tem razão. O problema é que sempre que reclamo, acho que tenho razão. Mas isso é um problema para vocês aí, que terão que aguentar esta mala insuportável. Porém hoje é um caso à parte. Hoje estamos todos unidos nessa mesma corrente. E não é possível que alguém discorde. Se você discorda, parabéns, você conseguiu, intrépido leitor: você é muito mais chato que eu.
Então, é chegada a hora. Prepare a sua paciência porque a lista é grande. Vamos lá:
Goleiros: Julio César (Inter de Milão), Gomes (Tottenham), Doni (Roma).
Parece que o mais mala dos anões conseguiu se superar. O estimado treineiro da seleção canarinho conseguiu que reclamassem até do goleiro reserva da seleção! Mas ele também fez por onde. Fez o grande favor de convocar o imponente Doni, arqueiro reserva da equipe da Roma. O mais interessante ainda vem por aí: o titular da posição, em grande fase no campeonato italiano, é o brasileiro Júlio Sérgio. Curioso... Além do mais, quando temos no Brasil, um goleiro jovem, titular, capitão de seu time e cheio de personalidade: Victor, do Grêmio. Inexplicável. Quanto aos outros dois, considero que estamos bem-servidos. Sinto dizer que o urubu Júlio César é o melhor do mundo no momento e vai pegar até pensamento na Copa do Mundo. O Gomes... Bom, o Gomes vai ver a Copa de um bom ângulo: o do banco.
Laterais: Maicon (Inter de Milão), Daniel Alves (Barcelona), Michel Bastos (Lyon), Gilberto (Cruzeiro).
Olhando para o lado direito de nossa seleção, nos sentimos bem, tranqüilos, calmos, felizes, contentes e realizados. Daniel Alves e Maicon são seguramente os dois melhores laterais direitos do planeta.  Se nosso querido anão rabugento fechar os olhos e apontar para um, teremos um senhor lateral-direito titular. Para compensar, logicamente Dunga resolveu caprichar na canhota. Chamou dois laterais que não jogam mais na lateral e, atualmente são meias de criação de seus respectivos times. Fantástico! Enquanto isso, nosso querido Marcelinho, cria do laranjal, atualmente galáctico, continua preterido. Vai saber...
Zagueiros: Lúcio (Inter de Milão), Juan (Roma), Luisão (Benfica), Thiago Silva (Milan).
Agora uma surpresa. Podem comemorar. No espaço abaixo só haverá elogios. Nenhuma reclamação. Nada. Afinal, entre os nomes acima está o dele. O Monstro Thiago Silva vai à Copa. Agora vestindo a camisa do Milan, o zagueiraço levará as cores do nobre clube das Laranjeiras para a África do Sul. Que orgulho desse menino! Desde os tempos de Fluminense, quando não perdia uma bolinha sequer para atacante nenhum em solo nacional, já defendia sua convocação. Esse é fora de série. E merece todo o sucesso do mundo. Por todas as dificuldades que passou, principalmente enquanto jogava na Rússia, onde quase parou de jogar bola por conta de uma tuberculose, e por toda a garra e superação que mostrou ao defender as cores do mais amado do Brasil, ele merece tudo de bom. Tomara que Dunga encontre uma vaguinha para ele em meio a vários gigantes da posição, como Lúcio e Juan...
Meio-campistas: Felipe Melo (Juventus), Gilberto Silva (Panathinaikos), Ramires (Benfica), Elano (Galatasaray), Kaká (Real Madrid), Josué (Wolfsburg), Julio Baptista (Roma), Kleberson (Flamengo).
Senta que lá vem história. Comecemos pelo começo. Admiro muito o futebol peculiar de Felipe Melo e Gilberto Silva. E o pior: dessa vez estou falando sério. A dupla de porradores é fundamental para a solidez defensiva dessa seleção. Além do que os lançamentos de rosca de F. Melo são dignos de nota. Não erra um, o garoto! Seguindo, Ramires é motorzinho e polivalente, joga em todos os lugares da meiúca, excelente operário da bola. Elano é insosso, mas é de confiança do anão e quem sou eu pra me meter num caso de amor bonito como esse. Kaká é o cérebro do time. Agora, mais do que nunca, é o momento dele. Para ganharmos o hexa, o amigo do Senhor terá que jogar muita bola ou orar muito. Espero que jogue bola mesmo. Para o fim, a melhor parte, o trio ternura do final: Josué, Julio Baptista e Kléberson. O insinuante Josué ainda tem justificativa. Apesar de ser especialista em passes para o lado e recuadas para o goleiro, ele é capitão do Wolfsburg e tem um currículo campeão. Julio Baptista é outro affair de Dunga. Não é possível! Reserva da Roma e limitadíssimo na criação, é inexplicável sua convocação como reserva de Kaká. Mas o prêmio hour concours do sem noção vai para o Kléberson. Além de ser o vigésimo quinto volante no elenco, ainda é reserva no menguinho e passa por uma má fase. Enquanto isso, o meio-campo canarinho carece de criatividade e o menino Ganso vem engolindo a pelota. Pareciam feitos um pro outro. Mas não. Acho que o Dunga fez de sacanagem, só de pirraça. Pra todo mundo reclamar e ele falar: “Sinto muito, otários, quem manda sou eu”. Olha, pensando assim, acho que eu faria o mesmo.
Atacantes: Robinho (Santos), Luis Fabiano (Sevilla), Nilmar (Villarreal), Grafite (Wolfsburg).
No ataque, nenhum mistério. Ou quase. A imperatriz ficou de fora. Merecidamente, aliás. Fez de tudo para não ir. Agora vai poder assistir à Copa na laje de sua residência, na Vila da Penha, comendo um churrasquinho e bebendo uma gelada. Ele é que é esperto. Dos que foram, faço ressalvas ao Grafite, que não vem rabiscando nada há algum tempo, enquanto o Neymar faz o dever de casa como manda o figurino. De resto, tudo azul: Róbson, Fabuloso e Nilmar farão a festa na África do Sul, balançando os barbantes adversários.
Bem, acho que não foi tão traumático assim. Sobrevivemos à convocação. Às vezes, quando faço um esforço sobre-humano, até consigo entender o Dunga. Afinal, das duas uma: ou ele é burro mesmo ou é insuportavelmente chato. Se a primeira opção for correta, só nos resta aceitar, a vida é assim, burrice não se cura. Se for a segunda, tudo certo, jogamos no mesmo time.
Rafael Soares
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