quinta-feira, 3 de junho de 2010

Flu | O Time de Guerreiros e a Onda Gigante

Tricolores do planeta bola, eu confesso: já estou com saudades. Ontem, fui à última partida do Fluminense no Maior do Mundo antes de seu fechamento, visando à reforma para a Copa do Mundo de 2014. Saí do Maraca com uma sensação esquisita, meio mais ou menos. Mais porque o maior Tricolor do Brasil continua firme e forte sua caminhada ao Tri Brasileiro, com mais uma bela vitória, selando a união entre time e torcida. Menos porque, por no mínimo três anos, não teremos mais Maraca.

Foi isso mesmo que eu disse, no mínimo. Digo isso porque antes tem 2012. E não esqueçamos, Nibiru vem aí e o bicho vai pegar (se você, caro leitor, não sabe o que é Nibiru e gosta muito de sua pacata vida, não aconselho uma busca no Google. Se você é um retardado tipo eu, já deve ter ido procurar há muito tempo). Fiquei pensando nisso por algum tempo e cheguei a uma brilhante conclusão: essa obra vai ser um colossal desperdício. O governo vai gastar rios de dinheiro com a obra, não vou poder comemorar o Tri Brasileiro do Flu no Maraca, vou ficar sem as minhas agradáveis e necessárias tardes de domingo nas arquibancadas para, no fim, vir uma onda gigante e engolir tudo. Puta erro de cálculo das autoridades! Deviam, pelo menos, me deixar ver um último título do Flu no Maraca. Depois, podem botar tudo abaixo mesmo.

No entanto, esse fechamento do Maraca me deixou encucado. Estou achando seriamente que as autoridades já estão esperando Nibiru e toda essa história de reforma do Maior do Mundo não passa de um maquiavélico plano para construir ali um submarino gigante para abrigar os únicos, privilegiados e sortudos sobreviventes da espécie humana. Tipo uma arca de Noé. O único ponto que não consigo entender é como ninguém consegue perceber isso! E ainda tem gente que acredita no papinho de Copa do Mundo e Olimpíada no Brasil...
Bom, agora é hora de voltar ao Melhor do Brasil, afinal antes do fim do Mundo, o Fluzão ainda levantará algumas taças. E estamos no caminho certo. Em uma semana já demos mais dois sacodes e contabilizamos mais 6 pontinhos. Contra o Galo, no Mineirão, tudo tranqüilo: 3 a 1, nenhuma surpresa. Afinal, ganhar no Mineirão já virou rotina. Bem que poderíamos jogar lá com o Maraca fechado.

Ontem, no Maraca, contra o Vitória, teve de tudo. Pó de arroz, festa da torcida, Fernando Henrique no gol e gol nos últimos minutos, como é de praxe para a torcida tricolor, já acostumada a fortes emoções. E tudo terminou bem, 2 a 1, com direito a retorno do “Time de Guerreiros” e agradecimentos a torcida no fim. Bela despedida. O destaque das duas partidas vai para o jovem Alanzinho, que não é jóia de Xerém, mas foi descoberto no frio paranaense por nossos auspiciosos e atentos olheiros. O garoto entrou faltando 20 minutos nos dois jogos e acabou com ambos. No primeiro, mal entrou, a bola apareceu na sua frente pedindo para ser chutada, o garoto foi lá, cutucou e ainda contou com a ajuda do bravo arqueiro mineiro para botar a bola pra dentro. Uma pintura. No fim do jogo, ainda presenteou Frederico com uma tabelinha que entortou os pescoços da zaga do Galo, deixando nosso intrépido goleador do cabelo enroladinho na cara do gol. Ontem, entrou novamente no lugar de Rodriguinho quando o jogo parecia decidido. Mas o Muricy queria mais emoção. Deixou os caras empatarem o jogo, só para o Alanzinho poder resolver no fim de novo. E de canela. O gostinho de título ficou no ar.

Sábado, contra o Avaí, o último desafio antes da Copa. Mais três pontinhos seriam ótimos para podermos assistir ao timeco do Dunga mais felizes e tranqüilos. A partir do dia 11, vou começar a ter motivos para reclamar de novo. Aguardem!

Saudações Tricolores,

Rafael Soares

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